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Família Acolhedora realizando sonhos

Quem nunca sonhou em ter uma festa de 15 anos? Com a aniversariante desta tarde (05) não foi diferente. A adolescente, recebida por uma família acolhedora há 5 meses, sempre quis realizar uma festa de debutante, e ao pensar que o sonho seria impossível, foi surpreendida pela organizadora de eventos e  madrinha do projeto de apadrinhamento Ana Maria Claudina. O projeto de apadrinhamento, é uma das frentes do Programa Família Acolhedora, uma iniciativa da Secretaria Municipal de Assistência Social, que tem como objetivo principal a reintegração familiar da criança e adolescente à sua família de origem. Claudina está envolvida com o projeto há três anos e foi a responsável por tornar a tão sonhada festa possível. Através de parcerias, ela já realizou festas para outras quatro meninas, mas pela primeira vez pode propiciar este momento a uma jovem fora do abrigo.  A organizadora de eventos, conta que sua entrada no projeto surgiu como uma forma de retribuir a acolhida que recebeu quando foi adotada. "Acho que além da acolhida, é importante realizar sonhos, sou filha adotiva e aprendi que o pouco que temos deve ser doado. Fiz um propósito com Deus, que quando eu tivesse condições iria a ajudar a realizar sonhos", relata. A madrinha se emociona ao falar sobre a realização do sonho da acolhida.  "Havia prometido a ela quando ela foi apadrinhada que daria essa festa, e em menos de 15 dias conseguimos através de parcerias tornar esse sonho, que para ela era impossivel, uma realidade ", relata.  A família acolhedora da jovem é composta pela Mãe acolhedora Roseane Ribeiro da Silva e Pai acolhedor Elies Vitorino da Silva, que têm três filhos, e conheceram o programa depois da adoção de sua filha mais velha Kelly, de 18 anos. O casal fez o curso do programa em 2016 e já realizou a acolhida antes, o que facilitou o processo de adaptação desta vez. "É uma mudança, tanto para quem acolhe, tanto pra quem está sendo acolhido, mas para nós foi bom poder ajudar uma adolescente. É uma família provisória, mas quando acabar vamos continuar ali, o afeto vai ser o mesmo, só a relação afetiva que vai mudar", diz Elies. A coordenadora do Programa Família Acolhedora e do projeto de apadrinhamento, Cristiana Furtado, esclarece que a permanência máxima de acolhimento é de dois anos. Neste período são realizadas tentativas de reintegração familiar, que não sendo efetivas, resultam na destituição do poder familiar. A adolescente acolhida que teve seu sonho realizado, conta que pensou muitas vezes que não iria poder mais realizá-lo, e se sentiu muito feliz com a surpresa. "Estou assustada porque é algo que eu nunca tive, ás vezes tenho a sensação de que estou sonhando, estou muito feliz", relata. A jovem comemora e faz planos para seu futuro pós-acolhimento.  "Quando  completar 18 anos quero seguir a carreira militar, é um sonho que sempre tive", conta. Cristiana considera que mais famílias se disponham a acolher  pela importância de fortalecimento do desenvolvimento de outras crianças  e adolescentes acolhidos como a jovem debutante.   "É um acolhimento que faz diferença na vida da criança e do adolescente, até mesmo para conhecer uma estrutura familiar muitas vezes inexistente, sendo uma troca de experiências positiva tanto pra família que acolhe, tanto para quem é acolhido", destaca. Agradecimentos especiais aos parceiros:  Confeitaria Super Quente, Carvalho Bambu, Lavínia Doces, Butique Noivas Paula Munro, Jana Belas Artes, Bruno Mundo Decoração,  Karol Bombons, Deborah Ulich Fotografia, RufinoBolis, Leinha Ferrarine e Tia Penha.  Texto: Lydia Lourenço Jornalista Responsável: Alcione Coutinho